terça-feira, 1 de abril de 2008

Desabitado Corpo


Nebulosas palavras perduram em escuras profundezas. Mentes poluídas que me encorajam, A sujar minhas botas com lama. Fecho os olhos para não ver as horas escoarem, E entrego o relógio de minha alma. Noites insistem no assombro de meu sofrimento. Elementos a andar, percorrendo ruas ao luar, Me levam a rastejar entrelaçando dedos em meus cabelos. Correntes a tilintar, arrastando-me pelo cimento. Desabitado corpo a me enxotar, desumano encontro e meu espanto. Perversos sorrisos a comandar a linha de meu pensamento, Perversas mãos a executar comandos frios, cruzes e aprisionamentos.
Thaís de Sá

sexta-feira, 28 de março de 2008


Eu entendo que eu posso ver uma luz lá embaixo
Abaixo do meu patético e auto-indulgente buraco.
Vencido eu concedo e me movo pra mais perto. Eu posso encontrar conforto aqui
Eu posso encontrar paz no vazio. Que patético
está me chamando

E no meu momento mais sombrio, fetal e chorando.
A lua me conta um segredo. Minha confidente.
Não importa quão cheio e brilhante eu seja, esta luz não é minha própria
Um milhão de reflexões de luz passam sobre mim
Sua fonte é brihante e infinita.
Ela ressucita o desesperado
Sem ela nós somos satélites sem vida sonhando sonhos.
E enquanto eu puxo minha cabeça pra fora eu existo sem dúvida alguma
Não quero estar aqui embaixo alimentando meu narcisismo
Eu devo crucificar o ego antes que seja muito tarde
Eu rezo para que as luzes me erguam antes que eu me consuma.
antes que eu me consuma.

Então crucifique o ego antes que seja muito tarde
Para deixar para trás esse lugar tão negativo e cego e cínico
E você vai entender que somos todos uma só mente
Só deixe a luz tocá-lo e deixe as palavras escaparem
Só deixe-as passarem, trazendo para fora nossa esperança e razão.

antes que eu me consuma.

terça-feira, 18 de março de 2008

Sentimento sem Nome


Sentimento sem nome que me deixa amargar, Confusão a me atrapalhar, ao me deixar enternecer. Solidão em minhas entranhas a se mortificar, Em águas escuras a permanecer, Sem entender o que há de faltar. Lúdico sorriso, abraços e beijos, sem compreender. E não me diz o que há de perturbar, Minha mente inquieta a perceber. E não me diz o que tem para ditar, Pois pouca importância dá as condolências ao receber. E não me diz o que tem para falar, Porque simplesmente se deixa levar por sentimentos Sem nomes que são parasitas a sobreviver. Da carne pútrida alimenta-se nos deixando falecer. Thaís de Sá.

Interminável Espera


Por que ainda espera,
Se sabe que não virá?
Por que ainda persevera,
Se tens certeza que não mudará?

O futuro não está escrito em suas mãos,
Está disposto nas estradas que você escolhe trilhar.

Belas palavras a fluir,
Por incessante frase a instigar.

Depois do pôr-do-sol o anoitecer,
Máscaras sorridentes a encaixar
Em seu rosto, para melhor parecer.

O tempo à seus pés, engolindo-se vagarosamente,
Até chegar o descanso de horas angustiantes,
Até a dor dar lugar ao odiar,
Até suas lágrimas estiverem prontas para secar.

Thaís de Sá

POR ENTRE CAMINHOS.


Vamos garoto pegue minha mão e me faça sorrir.
Vamos andar por entre os caminhos.
Vamos escrever um filho, fazer uma árvore e plantar um livro.
Vamos que já é hora de entrelaçarmos os dedos e caminharmos juntos.
Vamos deixar essa música tocar porque ela não passa de um lindo sonho,
Que me dá a plena certeza de nunca realizá-lo.

Thaís de sá