segunda-feira, 29 de março de 2010

Um Adeus

Quanta falta me faz sentir tua falta, Perceber que não preciso mais esperar o encontro predito, Nem salientar a desimportância do tempo, Pois só o que restava era o momento de inércia que há tanto calculávamos, Como um doce veneno que brindávamos alegremente. Não saberia como transformar o passado, não seria eu... Que pena que não foi forte o suficiente, que não me esperou, chegamos perto, mas não foi dessa vez E já é hora de eu ir embora... Thaís de Sá

domingo, 6 de setembro de 2009

Parábola

Como uma parábola renuncio Ferramentas de dor e reclusão Que esse telhado caia logo E exploda tudo que tiver que explodir Ligado em mim esses fios não me matam Me cercam, me ferem, mas não me matam Casas velhas e destruição E portas que não levam a lugar algum Somente risinhos que incomodam Como uma parábola de ostentação Uma reflexão do abismo que me leva ao egoismo, orgulho e internação Uma paciente da loucura navegante do mar da imundicie dessa prisão. Thaís de Sá

Run...

Um dia estava eu perdida em uma estrada vazia, Com o vento um zumbido veio atormentar meus ouvidos, Ele aumentava a cada momento que passava, pairava no ar. Mais rápido, mais forte. Eu não sabia se corria ou se ficava, Um sussurro me gritava: Run! Run! Run! Eu não corri, E me arrependo até hoje por não tê-lo feito. http://www.blogger.com/img/blank.gif Thaís de Sá

Oráculo de Ódio

Maldito seja o óraculo que bate No centro desse corpo pálido, Nas trevas que consolam o músculo vibrante, Enchentes de ódio almejam o latente e cálido. Onde está você que ajuda minha alma gritante, E penetra em minha consciência ávida? Pode ser que nesse tormento aspirante Eu encontre simplesmente o restante De nossa mente fragmentada. Thaís de Sá

Sem promessas...

Um uivo ao anoitecer desperta em mim você, Corpos a mexer-se freneticamente poluem meus pensamentos, Dedos deslizam na superfície de seus desejos, Poemas e corações partidos, dilacerados encantos, Cogumelo de emoções, arrasam minhas casas finas e tristes, Destrói minhas estradas e pontes, Avassalam meus sonhos tão enfraquecidos, Assassinam meus fantasmas viventes, Que bom seria viver sem promessas, Se não houvesse medo, Se não existissem perguntas... Thaís de sá