sexta-feira, 28 de março de 2008


Eu entendo que eu posso ver uma luz lá embaixo
Abaixo do meu patético e auto-indulgente buraco.
Vencido eu concedo e me movo pra mais perto. Eu posso encontrar conforto aqui
Eu posso encontrar paz no vazio. Que patético
está me chamando

E no meu momento mais sombrio, fetal e chorando.
A lua me conta um segredo. Minha confidente.
Não importa quão cheio e brilhante eu seja, esta luz não é minha própria
Um milhão de reflexões de luz passam sobre mim
Sua fonte é brihante e infinita.
Ela ressucita o desesperado
Sem ela nós somos satélites sem vida sonhando sonhos.
E enquanto eu puxo minha cabeça pra fora eu existo sem dúvida alguma
Não quero estar aqui embaixo alimentando meu narcisismo
Eu devo crucificar o ego antes que seja muito tarde
Eu rezo para que as luzes me erguam antes que eu me consuma.
antes que eu me consuma.

Então crucifique o ego antes que seja muito tarde
Para deixar para trás esse lugar tão negativo e cego e cínico
E você vai entender que somos todos uma só mente
Só deixe a luz tocá-lo e deixe as palavras escaparem
Só deixe-as passarem, trazendo para fora nossa esperança e razão.

antes que eu me consuma.

terça-feira, 18 de março de 2008

Sentimento sem Nome


Sentimento sem nome que me deixa amargar, Confusão a me atrapalhar, ao me deixar enternecer. Solidão em minhas entranhas a se mortificar, Em águas escuras a permanecer, Sem entender o que há de faltar. Lúdico sorriso, abraços e beijos, sem compreender. E não me diz o que há de perturbar, Minha mente inquieta a perceber. E não me diz o que tem para ditar, Pois pouca importância dá as condolências ao receber. E não me diz o que tem para falar, Porque simplesmente se deixa levar por sentimentos Sem nomes que são parasitas a sobreviver. Da carne pútrida alimenta-se nos deixando falecer. Thaís de Sá.

Interminável Espera


Por que ainda espera,
Se sabe que não virá?
Por que ainda persevera,
Se tens certeza que não mudará?

O futuro não está escrito em suas mãos,
Está disposto nas estradas que você escolhe trilhar.

Belas palavras a fluir,
Por incessante frase a instigar.

Depois do pôr-do-sol o anoitecer,
Máscaras sorridentes a encaixar
Em seu rosto, para melhor parecer.

O tempo à seus pés, engolindo-se vagarosamente,
Até chegar o descanso de horas angustiantes,
Até a dor dar lugar ao odiar,
Até suas lágrimas estiverem prontas para secar.

Thaís de Sá

POR ENTRE CAMINHOS.


Vamos garoto pegue minha mão e me faça sorrir.
Vamos andar por entre os caminhos.
Vamos escrever um filho, fazer uma árvore e plantar um livro.
Vamos que já é hora de entrelaçarmos os dedos e caminharmos juntos.
Vamos deixar essa música tocar porque ela não passa de um lindo sonho,
Que me dá a plena certeza de nunca realizá-lo.

Thaís de sá

DIEM...


Chances que há muito esperavam, Agora brotam de toda parte, Confundindo-me e atormentando. Justa a hora em que decisões me atingiam. Tais que, me aceitavam na condição em que me encontro. Onde me suborno e me engano, Me pago e peço empréstimos. Onde por acaso, começo a viver livre dentro de minha própria prisão, Aprendendo a me acomodar e gostando de minha gratidão. Sem viver para frente, nem para trás, Sem olhar diante da janela, nem lembrar de meu jardim. Sem prevalecer medos, sonhos, nem começo, nem fim. Thaís de sá

Oração ao Deus desconhecido


Antes de prosseguir em meu caminho e lançar o meu olhar para frente, uma vez mais elevo, só minhas mãos a Ti na direção de quem eu fujo. A Ti, das profundezas de meu coração, tenho dedicado altares festivos para que, em cada momento, Tua voz me pudesse chamar. Sobre esses altares estão gravadas em fogo estas palavras: "Ao Deus desconhecido". Teu, sou eu, embora até o presente tenha me associado aos sacrílegos. Teu, sou eu, não obstante os laços que me puxam para o abismo. Mesmo querendo fugir, sinto-me forçado a servir-Te. Eu quero Te conhecer, desconhecido. Tu, que me penetras a alma e, qual turbilhão invades minha vida. Tu, o incompreensível, mas meu semelhante, quero te conhecer, quero servir só a Ti.

Friedrich Nietzche.