quarta-feira, 31 de março de 2010

Uma estrada de Esperança

Uma estrada há muito desejada, pedia incessantemente para ser trilhada, Mas caminhos tortuosos atrapalhavam-me o encontro, em um mundo de idéias eu percorria com meus sonhos. E chorava ao não chegar à estrada ansiada. Até que o dia muito esperado nasceu, o sol brilhou e seu inicio iluminou. Thaís de Sá

Sem Forças

Não sei por que isso acontece, Esse incômodo silêncio, esse vazio, essa falta Falta do que nunca conheci, Rasgando vagarosamente, mastigando, Prometendo ir embora no futuro. Futuro que nunca chega. Sempre é presente ou passado, Pois, o revivo dia-a-dia, Fazendo sempre as mesmas coisas, as mesmas escolhas, com medo de mudar e alterar o destino. Destino esse que eu nem sei se existe. Na verdade, nem sei se sei de alguma coisa Só são incertezas que chegaram um pouco tarde, em um momento de poucas revoluções Uma metástase de desanimo, de pouca solução, de pouca Fé... Sem forças para mudar o caminho, para escolher ou simplesmente parar, Só andar e continuar e ver no que vai dar sem me importar. Thaís de Sá

Olhos Vazios

Nossas mãos entrelaçadas não dizem nada. Olho para esse teto branco e minha mente vagueia. Onde está você dentro de mim? Em seus olhos vazios e sua boca amarga? Penso que poderia estar vivendo em outra realidade... Mas você vem subitamente me amar, Onde havia solidão, recomeço com poucos minutos de atenção, que espero pacientemente a cada ciclo lunar; Não me apego, não quero sentir sua falta, não quero esperar, não quero lhe amar Olhando para esse teto calmo tento me elevar ao futuro, visualizar meu passado, e sentir alguma emoção, mas nada acontece, somente a indiferença toma conta de mim, Olho para seus olhos e você sorrir, queria sentir o mesmo, queria apertar suas mãos e lhe beijar como se fosse a última vez, queria lhe encontrar a sós, te abraçar e sorrir, viver, queria viver de verdade, como aquele que vivemos tão intensamente um dia, aquele que não me deixou ir embora. Mas precisamos de algo que não sei o que é ainda. Algo que alegre, que movimente, que nos faça sorrir, nos conhecer, algo que mude nossa rotina paralisada, algo jovem, algo que me relembre ou que me faça ama você. Thaís de Sá

Meu Pequeno Grande Mundo

Sapatos espalhados se confundem com livros, papeis, agendas partituras, sapatilhas de dança, cd’s, maquiagens, roupas e posters de bandas de rock ou psicologia. O espelho só faz dar a ilusão de que o quarto é ainda mais bagunçado e o quadro de tigre levanta a interessante questão do afeto por felinos, principalmente os tigres cujo hábitos selvagens deixam a desejar no aspecto amor. O violão no canto em cima dos chinelos demonstra que por algum tempo estará de castigo, esperando... Bonés, boinas, mochilas, colares e chaves estão por toda parte, dependurados nos pregos ao redor, ao alcance das mãos. As sapatilhas de ponta recentemente usadas agora descansam apoiadas na cômoda. Um quarto de muitas faces, sonhos e vida, representando meu mundo, grande mundo, de muitas culturas, música, dança e conhecimento, os mais diversos. Meu pequeno grande mundo, onde encontro o aconchego de minha cama e silêncio para minhas reflexões e estudos. Onde sorri com amigos, dancei, chorei, fiz poesias, toquei violão, estudei li, descansei e sonhei. Onde analiso os rumos de minha vida, é o meu ponto de equilíbrio, de analise. É o meu recanto. Thaís de Sá

Pensamentos Sombrios

Você já desejou a morte de alguém? Alguém que você ama? Que monstro seria tão egoísta a esse ponto? Só para sentir-se solto e ter o pescoço livre da coleira? Para ficar só, escutando o silencio? Para sentir-se só, escutando as pequenas frases que quer balbuciar, sem ninguém para escutar? Que monstro seria tão cruel a esse ponto? Deixar a única pessoa que restou por uma fútil sensação de falsa liberdade? Deixá-la ir, pelo desejo de desfrutar a vida sem comprometimentos. Você já desejou que alguém, ao menos tivesse vida própria? E esse alguém lhe ama? Que não vivesse pelo simples fato de te ver caminhar e controlar tais passos, mesmo que esteja certo? Que monstro seria tão idiota para recusar tal importância? Gosta da discrição, do individual, do solitário, do silencio. E esta pessoa simplesmente te atrapalha de respirar mais intensamente? Que monstro seria tão egoísta a tal ponto? Causa vergonha só de pensar! Thaís de Sá

Tempo de Agir

É preciso organizar as escolhas, E decidir o que queres afinal. Na verdade a escolha já foi feita, O que falta é coragem para colocá-la em pratica. O tempo necessário já se esgotou E a hora esta chegando Motivos diversos surgem, Meios que não acabam mais. Mas na realidade, só há um por que da decisão, Um caminho para efetivá-lo. O porquê mais doloroso e o caminho mais cruel. A verdade. Thaís de Sá

Nostálgica Dor

Os assuntos inacabados ainda estão lá. Perdurando como uma incrível chaga Corroendo pouco a pouco. E você se deixando ser alimento, aí parada. Esperando alguém escutar seu grito mudo de socorro Esperando esse repugnante parasita cansar, morrer ou lhe deixar Mas isto nunca irá acontecer até você se rebelar Até você agarrá-lo e arrancá-lo de suas entranhas, mesmo que abra suas feridas, será melhor conter o sangue do que mantê-lo a alimentar um verme sugador Mas o medo não te deixa fazer isso, Você não tem coragem, se sente só e desprotegido, e só relembra quando ele começa a te enfraquecer, e dói sua ameaça, mas quando o tempo passa, adormece e você cai em profundo sono, vivendo um sonho, lindo e flutuante sonho. E é isso que ele quer, lhe entorpecer e lhe manter escravo desse ciclo nostálgico de dor. Thaís de Sá

mEnTe PertUrbadA

Perante uma armadura transparente Viajo em cavalos de minha mente Buscando a exata cúpula que habita meu ser Várias projeções formam-se à minha frente Doce, quente, gélido amargor Frente a frente Habita em mim, a alma de um louco sonhador, poeta, santo, que confundi meus desejos, caminhos e encantos. A cada um me possui um dia, induzindo a diversos planos que não chega a lugar nenhum; Parece mais estações em que o trem passa por cada uma, modificando a paisagem, o ar, o clima. Mente perturbada que não encontra descanso nem na mais ínfima paz. Por que cansa ser reto, cansa ser forte, fraco, c rente, descrente. No final tudo vale a pena conhecer e experimentar porque viver é um vício que ninguém pode ajudar. E me sinto só, louca no meio de racionais, fragmentada e confusa diante de incógnitas em forma de gente. Será que andarei para frente? Ou me manterei em círculos vivenciando cada dia como um novo espetáculo, mas deixando de viver também como um austero? Não me conheço mais, na verdade nem sei se um dia conheci essa pessoa que toma meu corpo e minha mente e me faz girar sob meu eixo e quebrar a vidraça de meu cotidiano. Nem sei se é a mesma a que me toma calmamente que sussurra palavras bonitas, me trazendo para dentro e me colocando para dormir. Mente perturbada que não sossega nem um segundo, porque não encontra respostas para sua dor? Somente vive a atacar, mentir, chorar, sentir, amar e sorrir. Anda com um pé em cada estrada e sofre por viver os dois e nenhum. Pois pálido é o fel que é caminhar por lugares que não se escolhe, somente anda esperando covardemente que o tempo passe e resolva por si só. Thaís de Sá

MEDO

Ao passar do tempo essa sensação fica mais presente. Esse gosto de medo e tristeza, De não me abandone. Vêm em minha mente essas sombras Sem forma, Sem identidade, Como se fizesse cada vez mais parte de mim Como se, se aproximasse dia-a-dia Inevitavelmente... Vai saber quando irá me agarrar por completo e como suas unhas encravarão em minha pele. Thaís de Sá

segunda-feira, 29 de março de 2010

Um Adeus

Quanta falta me faz sentir tua falta, Perceber que não preciso mais esperar o encontro predito, Nem salientar a desimportância do tempo, Pois só o que restava era o momento de inércia que há tanto calculávamos, Como um doce veneno que brindávamos alegremente. Não saberia como transformar o passado, não seria eu... Que pena que não foi forte o suficiente, que não me esperou, chegamos perto, mas não foi dessa vez E já é hora de eu ir embora... Thaís de Sá