Sinto a brisa tocar meu rosto, meus pensamentos brotam como uma semente que germina.
Vagarosamente meus olhos fecham anulando a consciência de minha existência.
Sinto-me só. Sem começo, sem meio, sem fim. Sinto-me tudo. Sinto-me nada. Parte do vento que sopra e pode tocar até a mais hostil das armas.
Meu horizonte eu amava, uma infinita estrada que percorria sem chegar a lugar algum.
Onde me tornei prisioneira de meus próprios anseios, que sem sentido, vaguei pela multidão de meus medos, rastejei pelas ruas escuras de meus desejos.
Minhas feridas inflamaram, a dor me consumiu, eu não chorava, mas, sentia falta das lágrimas que se deliciavam de minha face, pois elas esfriavam meu rosto e junto com a brisa minha alma acalentavam.
THAÍS DE SÁ
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