domingo, 3 de fevereiro de 2008

BRISA


Sinto a brisa tocar meu rosto, meus pensamentos brotam como uma semente que germina.

Vagarosamente meus olhos fecham anulando a consciência de minha existência.

Sinto-me só. Sem começo, sem meio, sem fim. Sinto-me tudo. Sinto-me nada. Parte do vento que sopra e pode tocar até a mais hostil das armas.

Meu horizonte eu amava, uma infinita estrada que percorria sem chegar a lugar algum.

Onde me tornei prisioneira de meus próprios anseios, que sem sentido, vaguei pela multidão de meus medos, rastejei pelas ruas escuras de meus desejos.

Minhas feridas inflamaram, a dor me consumiu, eu não chorava, mas, sentia falta das lágrimas que se deliciavam de minha face, pois elas esfriavam meu rosto e junto com a brisa minha alma acalentavam.

THAÍS DE SÁ

Nenhum comentário: