quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Refém.


Refém do medo, do tempo, da misericórdia, do perdão.

Devasso espírito imundo descortina-me por inteiro, me tirando qualquer solução.

Refém e prisioneira de uma cadeia sem muros.

Promessas prometidas por lábios que nunca me libertarão.

Pessoas e sorrisos falsos e seus corações duros,

Acorrenta-me com força nos pesares dessa paixão,

Que me desordena me anula de qualquer outro coração.

Eficazes palavras que ajudam meus sentimentos nulos,

Mãos sujas a percorrer meu corpo, miserável adoração,

Provocando minha alma, gerando pensamentos fulos,

Me deixando refém do perdão

Um demônio excomungado como sórdido ladrão.

Uma lágrima tomada pela fraqueza da possessão.

Thaís de Sá

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