quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Feliz aniversário...


Um período simples e com uma conotação mais simples ainda, não para alguém que infelizmente está longe, que não verá esse texto nem mesmo saberá dos meus mais profundos e sinceros desejos...tudo porque o que mantém ainda seu aniversário é inevitavelmente as recordações, memórias, sem complexidade, sem complicações, somente memórias carregadas de emoções.

Os anos passam e tudo é diferente do que poderia ter sido, menos os sentimentos fincados sob a tela de meu coração, quanta falta me faz, e somente eu sei o quanto! Porque foi você quem partiu e fui eu quem ficou... Quanta falta do simples, do cotidiano, do que se tornou antigo!

Feliz aniversário, um simples desejo que nunca consegui desejar em voz alta, não deu tempo! Simplesmente não deu tempo, Ah! Se eu pudesse voltar atrás e reviver os momentos compartilhados, e ter mais consciência desse tempo raro e escorregadio. Ah! Se eu pudesse ter tomado mais consciência de você, e ter aproveitado melhor o tempo restante...sem deixá-lo passar, simplesmente passar!

Olho tudo isso como uma viagem que nunca acaba, mas que um dia virá tarde da noite com uma grande bolsa nas costas, cansado, mas feliz, pisaria devagar para evitar o barulho, sentaria se despreguiçando, descalçando os pés, e me olhando com aquele olhar amável que no ultimo suspiro deu-se o trabalho de me fazer contemplar, aquele olhar que apesar de tudo dizia: tudo vai ficar bem!

Revivo as memórias, todas, cada uma, juntamente com as emoções que perpassam, procurando dentro de mim um pouco que seja, de você, tentando me alimentar, me nutrir, buscando anestesiar a dor contínua de sua falta, mas, tais lembranças estão ficando pequenas pois, sinto falta dos detalhes, da simplicidade, do que se tornou antigo.

Só queria uma chance de reencontrá-lo e dizer: Feliz aniversário, senti sua falta...Pai!

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