Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de
escuridão e rutilância, Sofro desde a epigênese da
infância , A influência má dos signos do zodíaco.
Profundíssimamente hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância... Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme– este operário das ruínas Que o sangue podre das carnificinas , Come, e à vida em geral declara guerra...
Anda a espreitar meus olhos para roê-los, E há de deixar-me apenas os cabelos, Na frialdade inorgânica da terra !!!
Augusto do Anjos
Nenhum comentário:
Postar um comentário